terça-feira, 6 de março de 2012

Itaboraí cobra da Petrobras uso de mão de obra local


Tendo em vista o grande número de trabalhadores que procuram o Sistema Nacional de Empregos (Sine) de Itaboraí para conseguir emprego e o reduzido número de vagas disponibilizado pelas empresas cadastradas no órgão, o secretário de Trabalho e Renda de Itaboraí, Ricardo Guimarães, reuniu-se na manhã desta terça-feira (28) com representantes da Petrobras para solicitar providências com relação à inserção dos trabalhadores do município nas empresas que estão prestando serviço ao Complexo Petroquímido do Estado do Rio de Janeiro (Comperj). Atualmente o Sine atende mais de 400 trabalhadores por dia.

De acordo com gestor da pasta, as firmas divulgam o Sine como único órgão de cadastro e captação de mão de obra na cidade, porém as vagas não são repassadas ao órgão administrado pela Prefeitura. Por outro lado, a Petrobras anuncia em seu site oficial que mais de 200 mil vagas de empregos serão geradas com a implantação do Comperj. “O objetivo é dar mais transparência a todo o processo e garantir à população local a oportunidade de conseguir um trabalho, evitando inúmeros problemas sociais originados pelo crescimento desordenado da cidade, como a favelização e outros efeitos socioeconômicos”, afirmou o secretário, que também é presidente da Comissão Municipal de Relacionamento com a Petrobras-Comperj.

Outra questão discutida foi a do primeiro emprego como fator fundamental para a inserção do jovem no mercado de trabalho. “A Prefeitura oferece diversos cursos de capacitação e qualificação profissional. Mais de quatro mil pessoas já passaram pelo Programa ProJovem Trabalhador, mas quando procuram uma oportunidade de emprego, as empresas exigem, no mínimo, de seis meses a um ano de experiência, comprovada na Carteira de Trabalho, até para as funções como Serviços Gerais e Auxiliar de Pedreiro”, explicou.

Ao final da reunião, foi entregue ao gerente de Relacionamento Externo e Qualificação do Comperj, Renato Pedroso Lee, documentos que comprovam a insatisfação da população diante da atual situação e diversas solicitações de resposta já enviadas pela secretaria de Trabalho e Renda a Petrobras. “A região ainda será muito beneficiada, tanto economicamente quanto socialmente. Toda obra traz transtornos e isso não será diferente com o Comperj. Vamos averiguar a real situação a respeito das vagas que não estão chegando à população e tentar minimizar os problemas”, afirmou o representante da estatal.

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