sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Itaboraí intensifica combate à dengue



No início do ano, período em que as chuvas contribuem para a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, a Prefeitura de Itaboraí, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, intensifica os trabalhos de controle e prevenção da doença.

Diariamente, 152 agentes de controle a endemias, do Programa Municipal de Controle da Dengue (PMCD), visitam residências e áreas de difícil acesso, como becos, terrenos baldios, ferros-velhos, dentre outros, para encontrar focos de criadouros do mosquito. Em casos suspeitos ou confirmados da doença, é realizado o bloqueio numa área de 200 metros nas proximidades do imóvel, além da instalação de capas protetoras em caixas d’água. A equipe também oferece dicas de prevenção e conscientização à população.

Segundo o coordenador do PMCD, Edimilton Delaroli, cerca de 80% das áreas do município são assistidas pelo programa. A meta é chegar aos 100%. O trabalho é realizado em cinco ciclos durante o ano, com tratamento focal (larvicida), perifocal (com inseticida) e UBV (Ultra Baixo Volume), instrumento para combater focos do mosquito da dengue e conter uma possível disseminação da doença.

Grávida do terceiro filho, a moradora de Areal, Ana Lúcia de Melo, 34 anos, acompanhou e parabenizou o trabalho dos agentes, na manhã desta sexta-feira (15).

“Aqui no meu quintal somos três famílias, e graças a Deus nunca tivemos dengue. Os agentes estão sempre presentes”, disse a moradora.

Agente de controle a endemias há sete anos, Ingrid Ferreira destaca a parceria com a população.

“É difícil encontrarmos recusa nas comunidades. O que acontece, às vezes, é não haver pessoas em casa. Pedimos que o morador nos acompanhe na visita, para alertarmos sobre a necessidade de eliminar garrafas pet, pratinhos de plantas, reservatórios de água limpa e parada, dentre outros”, afirmou.

Familiarizada com os agentes e conscientizada sobre o combate à dengue, a dona-de-casa Maria Madalena Brandão, 55 anos, mostrou que segue à risca as orientações: em sua residência não foi encontrado nenhum foco do mosquito.

“O trabalho deles é muito importante, mas eu também faço a minha parte, e ainda conscientizo os vizinhos. Nada de deixar água parada”, enfatizou.

Conhecidos por “equipe de campo”, os agentes de controle a endemias realizam um boletim diário, que é enviado semanalmente para o PMCD. O órgão, por sua vez, realiza um resumo semanal, enviado on-line ao Governo Estadual. O último Levantamento do Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (Liraa) informa que o município está classificado como de médio/baixo índice.

Segundo o coordenador do PMCD, mais projetos serão realizados para a conscientização e prevenção da dengue.

“Vamos fazer reuniões com entidades organizadas, como igrejas, associações, escolas e empresas, a fim de multiplicar as informações. Nosso grande aliado nessa luta contra a dengue é e sempre será a população”, afirma Edimilton Delaroli.

Mais informações pelo telefone 2639-8176

Mais sobre a dengue

O vírus da dengue é transmitido pela picada da fêmea do Aedes aegypti, um mosquito diurno que se multiplica em depósitos de água parada acumulada nos quintais e dentro das casas.

A grande maioria das infecções é assintomática. Quando surgem, os sintomas costumam evoluir em três formas clínicas: dengue clássica, forma benigna, similar à gripe; dengue hemorrágica, mais grave, caracterizada por alterações da coagulação sanguínea; e a chamada síndrome do choque associado à dengue, forma raríssima, mas que pode levar à morte, se não houver atendimento especializado.

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