Ibama libera licença ambiental para duplicação da Avenida do Contorno

 Não há mais embaraços ambientais para a duplicação da Avenida do Contorno, na BR-101 Norte, apontada como um dos maiores gargalos do trânsito na entrada e saída do Rio.

O presidente do Ibama, Volney Zanardi Junior, assinou a licença do segundo projeto de duplicação da rodovia, que liga a Ponte Rio-Niterói ao trecho Niterói-Manilha da BR-101, em Itaboraí. No projeto original, que foi mudado a pedido dos estaleiros situados ao longo da Contorno, a obra estava orçada em R$ 25 milhões, com prazo de execução de dois anos. O custo vai aumentar porque o segundo projeto exige cortes numa pedreira na pista de subida junto ao cemitério do Maruí.

A licença ambiental, contudo, ainda não é o suficiente para que a concessionária Autopista Fluminense dê início às obras. Ainda há necessidade de aprovação do projeto executivo pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e o Ministério dos Transporte tem que fazer desapropriações no novo trecho. O atraso não teria ocorrido se não fosse o pedido dos estaleiros para mudança do projeto das obras. No projeto original, áreas dos estaleiros - usadas principalmente como estacionamentos - teriam que ser desapropriadas.

A Autopista Fluminense informou que trabalha no detalhamento do projeto executivo porque foram necessários ajustes no traçado. A concessionária garante que as obras começam tão logo o novo projeto seja aprovado pela ANTT e o Ministério dos Transportes desaproprie as novas áreas onde serão construídas as pistas.
O defensor da União André Ordacgy, que vem acompanhando o processo para a duplicação da rodovia, disse que vai continuar fiscalizando o trabalho dos órgãos envolvidos na questão:
- Uma obra pública de tamanha importância para o estado que vai sediar a Copa do Mundo e as Olimpíadas não pode ficar presa tanto tempo na burocracia oficial. Os engarrafamentos naquela avenida são diários e se agravam nos fins de semana, quando muitos cariocas vão para a Região dos Lagos. É a via principal de acesso ao Comperj - lamentou.

O presidente do Fórum de Desenvolvimento da Região dos Lagos, Ricardo Valentim, disse que a licença chegou com muito atraso, mas ele espera que as obras comecem imediatamente:
- Nas Olimpíadas, a região central de Londres foi a menos afetada pela movimentação de atletas e turistas. Eles ficaram nos arredores. E a expectativa é que a Região dos Lagos tenha um grande movimento na Copa das Confederações, na Copa do Mundo e nas Olimpíadas de 2016. O problema deste gargalo tem que ser resolvido com urgência.