terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Itaboraí tem projeto para construção de Aeroporto



A cabeça dos governantes de Itaboraí está no ar, e não apenas de forma semântica. É que a Prefeitura iniciou um estudo de viabilidade para implantar um aeroporto de grande porte na região da Bacia do Rio Macacu, em Itambi, numa área compreendida entre a BR-493 e o Comperj, em Sambaetiba.

De acordo com o chefe de gabinete da Prefeitura, José Ricardo Salles, que está à frente do projeto, o sonho de ter um aeroporto na cidade foi algo mais distante. Ele argumentou que, com exceção da capital fluminense, não existem áreas no entorno da Região Metropolitana apropriadas para o pouso e decolagem de aviões.

“É um caminho sem volta, porque se pensarmos bem o único que poderia servir à nossa região seria o de Maricá. Mas ele não comporta grandes aeronaves. A questão não é se vai ou não ocorrer. A questão agora é quando vai ocorrer”, disse José Roberto.

Para Salles, a necessidade de criar novos meios de locomoção é de suma importância para a região. O chefe de gabinete do prefeito Sérgio Soares (PP) afirmou que a região precisa estar sempre pensando meios de inovar na questão dos meios de transporte. Segundo ele, obras como o Comperj e o Arco Metropolitano estão criando condições para um investimento como este em Itaboraí.
“A logística será fundamental para o desenvolvimento da região. O transporte de cargas poderá ser o carro-chefe desse empreendimento. Com isso, poderemos combinar, em Itaboraí, o transporte aéreo com a ferrovia, que está sem utilização e pertence ao Centro Atlântico, da Vale do Rio Doce”, comentou.

Município quer usar sistema de concessão

Responsável pelo projeto do aeroporto, em Itambi, José Roberto Salles adiantou que a Prefeitura aposta no novo sistema de concessão à iniciativa privada, como está sendo usado em São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte, para que a proposta deixe o papel e se torne realidade.

“Podemos usar esse novo sistema de concessão para captar recursos através de parceria com a iniciativa privada. Ou também podemos adotar o esquema de concessão direta. Um aeroporto aqui seria algo perfeitamente viável”, explicou o chefe de gabinete de Itaboraí.

Para Salles é fundamental que o projeto seja rapidamente implementado. Segundo ele, os aeroportos do Rio (Internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador, e o Santos Dumont, no Centro, por mais que sejam ampliados não acompanharão a demanda que está surgindo por causa do Comperj e do Arco Metropolitano.

“Estamos falando de um aeroporto que suporte tanto passageiro quanto carga. Ele não atenderá apenas as populações dos municípios vizinhos a Itaboraí. Pela distância, poderemos atender também a Baixada Fluminense. Seria uma situação semelhante a que existe em Guarulhos (município onde que abriga o Aeroporto Internacional de Cumbica, no estado de São Paulo), que fica a cerca de 50 minutos do centro de São Paulo”, declarou José Roberto Salles.


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