terça-feira, 25 de setembro de 2012

Itaboraí distribui 15 mil camisinhas para prevenir contra hepatite



Mais de 15 mil camisinhas foram distribuídas gratuitamente à população pela secretaria municipal de Saúde. O objetivo foi  alertar e conscientizar a população sobre os perigos das hepatites virais, doença silenciosa causada por vírus e considerada a maior pandemia mundial da atualidade.

A atividade aconteceu na Praça Alarico Antunes (em frente às Casas Bahia), no Centro de Itaboraí, onde profissionais que fazem parte do Programa Municipal de DST, AIDS e Hepatites Virais orientaram os interessados que passaram pelo local com folderes sobre os riscos da doença. A ação faz parte da campanha “Fique Sabendo 2012”, do Ministério da Saúde, e também lembrou o Dia Mundial de Luta Contra Hepatites Virais, celebrado em 28 de julho.

“A hepatite é uma doença silenciosa. Muita gente é portadora e não sabe. É importante verificar se esta doença faz parte da sua vida através de exames, porque ela pode afetar qualquer pessoa, independente da idade, sexo, raça ou nível econômico”, disse Viviane Braga, responsável pelo controle da doença.

Quem passou pela tenda montada obteve informações, adquiriu preservativos e conseguiu marcar exames, que podem ser feitos gratuitamente de segunda à sexta-feira, das 8h às 17hs, na Policlínica de Especialidades Prefeito Francisco Nunes da Silva, anexa ao Hospital Municipal Desembargador Leal Júnior, em Nancilândia. Não há restrição de idade, mas os menores de 12 anos devem ter autorização e a presença do responsável.

“Ontem mesmo estava ouvindo na rádio sobre isso e resolvi fazer o teste para saber como anda a minha saúde. Gostei bastante dessa tenda aqui. Muita gente, infelizmente, não sabe como funciona o exame. Com tudo esclarecido, fica mais fácil pra gente”, disse Wanderson Corrêa, auxiliar de movimentação de carga, morador de Papucaia, em Cachoeiras de Macacu.

O Programa Municipal de DST, AIDS e Hepatites Virais conta com 90 pacientes em tratamento de hepatites. A equipe é composta por enfermeira, assistente social, psicóloga e médica hepatologista para apoio. O tratamento é individualizado conforme o diagnóstico de cada paciente.
 
Grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo, a hepatite é a inflamação do fígado. Pode ser causada por vírus, relação sexual desprotegida, uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, além de doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. É uma doença que nem sempre apresenta sintoma, mas quando aparece pode ser cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Existem, ainda, os vírus D e E, este último mais frequente na África e na Ásia. Milhões de pessoas no Brasil são portadoras dos vírus B ou C e não sabem. Elas correm o risco de as doenças evoluírem (tornarem-se crônicas) e causarem danos mais graves ao fígado como cirrose e câncer. Por isso, é importante ir ao médico regularmente e fazer os exames de rotina que detectam a hepatite para iniciarem logo o tratamento.

Evitar a doença é muito fácil. Basta tomar as três doses da vacina (no caso da B), usar camisinha em todas as relações sexuais e não compartilhar objetos de uso pessoal, como lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, material de manicure e pedicure, equipamentos para uso de drogas, confecção de tatuagem e colocação de piercings. O preservativo está disponível na rede pública de saúde. Toda grávida deve fazer o acompanhamento pré-natal a fim de evitar a transmissão de mãe para filho

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