segunda-feira, 9 de abril de 2012

Trabalhadores do Comperj entram em greve novamente

As obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) foram suspensas nesta segunda-feira por causa de uma greve dos trabalhadores, que pedem um aumento de 12% do piso salarial, hoje em R$ 860. Segundo o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Construção, Montagem, Manutenção e Mobiliário de São Gonçalo, Itaboraí e Região (Sinticom), Luiz Augusto Rodrigues, a adesão foi geral entre os 15 mil operários que trabalham no complexo:
- São quase 15 mil trabalhadores parados, dos 24 consórcios que participam atualmente das obras. A paralisação foi pacífica e a comissão de greve conseguiu convencer aqueles que queriam trabalhar a parar. Amanhã (terça-feira) teremos nova assembleia.
A assessoria de imprensa da Petrobras confirmou a paralisação das atividades. A reportagem ainda não conseguiu contato com Sindicato das Empresas de Engenharia de Montagem e Manutenção Industrial do Estado do RJ (Sindemon), que responde pelas empresas que formam os consórcios.
Além do reajuste salarial de 12%, os trabalhadores do Comperj também pedem vale alimentação de R$ 300 e negociação dos dias paralisados em fevereiro. Na época, os operários acabaram retomando o trabalho, mesmo sem chegar a um acordo com as companhias. Desde então, foram feitas três reuniões com as empresas, segundo Rodrigues, todas sem acordo. Em novembro do ano passado, trabalhadores de quatro consórcios também realizaram paralisações, pedindo equiparação salarial. Além disso, ao menos a morte de um trabalhador já foi registrada nas obras, por acidente de trabalho.
O prazo de entrada em operação do Comperj é em fins de 2014.

Agência Globo

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