segunda-feira, 2 de julho de 2012

Artesanato em alta no Centro

Itaboraí está passando por uma transformação com a implantação do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Mas a cidade ainda não perdeu a sua essência e mantém uma feira de artesanato no Centro. Até os moradores mais novos aproveitam a oportunidade. No local, os visitantes encontram um pouco de tudo. Tem produtos feitos com pedras, madeira e retalhos. A feira acontece de quarta-feira a sábado, das 9h às 21h.

Mercedes Cartea Araújo Silva, 48 anos, trabalha, há dois meses, na feirinha e tira o seu sustento da produção de artesanato em panos e caixinhas de madeira. “Chego aqui na feirinha às 9h e só saio às 21h. Estou começando a conquistar a minha clientela e já consigo me sustentar com o lucro. Trabalhamos com panos pintados e bordados, camisas trabalhadas e várias coisas em crochê que minha mãe produz”, comentou.

Maria do Rosário Palheta, 35, veio de Belém, no Pará, para Itaboraí há cinco meses e trabalha na feira há quatro. “Tudo na minha barraca é feito em pedras, desde as saboneteiras até bichinhos e porta escova de dente. Trabalho os quatro dias da feira. A venda é muito boa, já tenho minha clientela cativa”, comentou a artesã, que tem peças entre R$ 5 e R$ 80.

Ivonete Pinto Rodrigues, 39, é artesã há mais de 10 anos e trabalha por amor à profissão e às bonecas. “Larguei meu trabalho em uma escola, onde ensinava artesanato. Só frequento a feira, as sextas e sábados, porque artesão precisa produzir. Ganho com o artesanato três vezes mais que ganhava quando trabalhava de carteira assinada na escola e sou muito mais feliz, não pelo dinheiro, mas por estar produzindo e criando minhas bonecas”, contou.

O ex-promotor de vendas Rodrigo Martins de Oliveira, 30, cansou da antiga profissão e decidiu se dedicar ao artesanato. Ele trabalha na feira há seis meses vendendo trabalhos pintados em material de madeira. “Eu optei por deixar minha antiga profissão por gostar de artesanato, o desenho está no meu sangue. Optei por unir o útil ao agradável. Meu carro forte são as casinhas que viram porta moeda”, afirmou.

Luis Henrique Almeida, 43, é artesão por amor. Foi vigia por vários anos, mas optou por trabalhar com artesanato. “Antigamente, vendia de casa em casa, mas era sofrido demais. Escolhi trabalhar com brinquedos porque o custo é baixo e o lucro é alto, além de poder fazer crianças felizes”, contou o artesão.

Via O São Gonçalo

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